Parte 2: Problemas com pistolas de perfuração

Quando usada em tecido estrutural, como a cartilagem, complicações mais sérias são comuns – por exemplo, condrite auricular, cartilagem quebrada e cicatrizes excessivas. A perfuração com pistola pode resultar na separação da fáscia subcutânea do tecido cartilaginoso, criando espaços nos quais os fluidos se acumulam. Isso pode causar inchaço temporário e nódulos permanentes de tecido no local ou próximo ao local da perfuração. Eles variam de um pouco incômodos a grosseiramente desfigurantes, e alguns requerem cirurgia para serem corrigidos. A incidência pode ser minimizada com a realização do piercing com uma agulha cirúrgica afiada, que desliza suavemente e causa menos separação do tecido. Um perfurador treinado também usará uma técnica de pressão pós[1]perfuração que minimiza a formação de cicatriz hipertrófica.

A cartilagem tem menos fluxo sanguíneo do que o tecido do lóbulo e um tempo de cicatrização mais longo. Portanto, as infecções nesta área são muito mais comuns e podem ser bem mais destrutivas. O uso de equipamento de perfuração não esterilizado e cuidados posteriores insuficientes foram associados ao aumento da incidência de condrite auricular, uma infecção grave e desfigurante no tecido da cartilagem. Isso pode resultar em deformidade e colapso do tecido auditivo estrutural, exigindo antibioticoterapia e extensa cirurgia reconstrutiva para correção. Mais uma vez, a literatura médica documentou muitos desses casos e está disponível mediante solicitação.

O COMPRIMENTO E OS MODELOS DOS BRINCOS USADOS EM PISTOLAS SÃO INAPROPRIADOS PARA A CURA DE PERFURAÇÕES

Os brincos são muito curtos para alguns lóbulos e para a maioria das cartilagens. Inicialmente, a pressão do mecanismo da pistola é suficiente para forçar a peça e travar no tecido. No entanto, uma vez travado, o tecido comprimido não pode retornar ao seu estado normal: fica contraído e ainda mais irritado. No mínimo, a diminuição da circulação de ar e sangue no tecido comprimido pode levar a uma cicatrização prolongada, complicações menores e cicatrizes. O mais perturbador é que a pressão desses brincos apertados pode resultar em inchaço e impactação adicionais. Tanto piercers quanto médicos já viram brincos completamente enterrados nos lóbulos das orelhas e na cartilagem (bem como no umbigo, narinas e lábios), mesmo quando perfurados “corretamente” com uma máquina. Isso pode exigir que a peça seja cortada cirurgicamente, principalmente nos casos em que um ou ambos os lados do pino desapareceram completamente sob a superfície da pele.

A maioria dos brincos para perfuração de orelha não é feita de materiais certificados pelo FDA ou ASTM e não é segura para implantes de longo prazo no corpo humano. Mesmo quando revestidos de ouro atóxico, os materiais das ligas subjacentes podem contaminar o tecido humano por meio de corrosão, arranhões e defeitos de superfície, causando citotoxicidade e reação alérgica. Visto que fabricar um revestimento durável sem corrosão e sem defeitos para tais pinos é extremamente difícil, a literatura médica considera apenas titânio (ASTM F67 e F136) de grau de implante (ASTM F138) e titânio (ASTM F67 e F136) adequados para a composição de joias para perfuração.

As peças feitas de qualquer outro material, incluindo aço de grau não implantável (aço sem certificação de lote como ASTM F138), não devem ser usadas, independentemente da presença de revestimento de superfície.

Gostou do conteúdo? Aguarde, em breve postaremos a parte 3.
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